Criando experiências e o controle dos detalhes
existe uma receita para criar experiências?
Estas últimas semanas têm sido atípicas por aqui, por isso as edições da newsletter, que sempre eram enviadas às sextas, passaram a oscilar um pouco nas últimas semanas. Elas não deixaram de ser enviadas, apenas acabaram sofrendo uma pequena variação no dia do envio. A vida às vezes sacode a gente um pouco, não é mesmo? Eu, por exemplo, nunca imaginei que iria dar aula de Design Thinking para arquitetos apesar do meu interesse pelo tema. Acho que é uma ferramenta muito útil e que ainda atua no refinamento do olhar e isto é o que mais me atrai nela.
Pensei em pular esta edição e ampliar a discussão acerca dos aprendizados de Virgil Abloh que têm rendido muitas conversas off-line por aqui. Sobre descobrir seu DNA de designer que nada mais é do que descobrir sua estética e como a arte influencia em nossos traços de personalidade. No entanto, quis manter a programação e deixei para voltar nele depois pois acho que vai fazer sentido. Então, hoje, vamos falar sobre receitas para criar experiências.
Enquanto eu dava as últimas aulas de Design Thinking, eu assisti à terceira temporada de “The Bear” (“O urso”, disponível no Disney+), que fez com que eu quisesse recomeçar a série do zero. (Fique tranquilo, acho que não há risco de spoilers aqui) Eu não lembrava alguns detalhes que eram importantes para o entendimento do desfecho da última temporada apresentada. Amei rever, por exemplo, quando Carmy fala pra Sidney “precisamos buscar inspiração” (Episódio Sundae, da segunda temporada - um dos mais bonitos). Acho que um dia poderia fazer um paralelo de toda a série com Design thinking, é possível, falar sobre a busca por inspiração, erros e acertos, criação de experiências… mas não estou aqui para dar aula e sim compartilhar o meu olhar então vou pensar se isso pode ficar atraente de alguma forma. O que me chamou a atenção revendo a série foi a evolução do Carmy que começa tentando transformar o espaço e, posteriormente, controlar cada detalhe para que a experiência do consumidor ali seja perfeita. Fica claro para nós que esta postura dele está ligada a sua formação e experiência nos restaurantes pelos quais passou e que nem sempre foi amorosa, convenhamos.
O legal das aulas de Design Thinking era a pluralidade de assuntos desenvolvidos ao longo do módulo. Posso dizer que falei de óculos e design de mouses até jantares, de viagens de trem até arquitetura e por aí vai… e eu amei preparar essas aulas (o que é muito diferente de dar a aula em si). Eu me senti escrevendo uma série de edições da newsletter a cada aula. Uma delas, assim que eu montei, eu soube que seria uma edição aqui. Seguindo os ensinamentos de Tim Brown, quem eu elegi como referência principal para as aulas, comecei mencionando a programação de um jantar.
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