Helena Vilela - Uma arquiteta que escreve

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Inspirações de Fevereiro
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Inspirações de Fevereiro

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Helena Vilela
mar 05, 2025
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Olá!
Nossa, como o mês de fevereiro passou voando! Já estamos no “depois do carnaval” e agora que realmente parece que o ano começa de vez, será?

Ainda não contei por aqui, mas estou trabalhando num projeto diferente no Casa de Valentina, site referência de arquitetura e decoração sob editoria da jornalista especialista em décor e arquitetura Lucila Zahran Turqueto. Este projeto, em formato videocast vai apresentar diferentes olhares acerca do morar com conversas sensíveis e diferentes. Assim que o primeiro episódio for lançado, vou postá-lo aqui.

Um pequeno spoiler dos bastidores do que está por vir.


Esta semana foi anunciado o vencedor da maior honraria da arquitetura, o Pritzker. O arquiteto chinês Liu Jiakun foi laureado com o prêmio mais significativo em termos de produção de arquitetônica. Eu confesso que ainda guardo esperanças em relação ao reconhecimento de Denise Scott Brown e outras arquitetas com o prêmio. Gostei de conhecer mais acerca do trabalho do arquiteto chinês e ler sobre a teoria por trás de sua obra, seu pensamento projetual e o que o levou a ser laureado. A citação do arquiteto abaixo traz uma reflexão muito importante.

“A arquitetura deve revelar algo — deve abstrair, destilar e tornar visíveis as qualidades inerentes das pessoas locais. Tem o poder de moldar o comportamento humano e criar atmosferas, oferecendo um senso de serenidade e poesia, evocando compaixão e misericórdia, e cultivando um senso de comunidade compartilhada”.
— Liu Jiakun, vencedor do Pritzker 2025.

Lembrando que não nascemos para viver sozinhos.

Leituras do mês

Fevereiro foi um mês profícuo para leituras, apesar de eu não ter seguido o plano de leituras proposto por mim mesma para o mês. No entanto, algumas leituras me surpreenderam. [ Você pode acompanhar minhas leituras de 2025 aqui. ]

Estava na aula de squash esses dias e comentei com o meu professor que a quadra que estávamos era muito mais agradável pra mim do que a outra quadro que havíamos jogado na semana anterior. Notei como ela era mais iluminada e como aquilo, de alguma forma, me deixava mais animada e até me fazia “jogar” melhor. Ao comentar isto com o professor, ele me deu “uma aula” de como são construídas as quadras de squash e como elas têm diretrizes para que seja mantida a profundidade, o campo de visão… Até mencionou como diferentes materiais são usados e diferentes cores também. Eu brinquei que a minha impressão era de que meu apreço pelo jogo vinha pelo fato de estarmos em uma quadra iluminada com piso de madeira, a sala ser branca (apesar da imperfeição das marcas da bolinha na parede) com detalhes em um verde bandeira - que se assemelha à vegetação e como aquilo parecia um ambiente acolhedor em oposição à academias com sons altos e luzes de neon. Isso até me motivou a terminar de ler “A arquitetura da felicidade” de Alain de Botton,

Alguns dos livros que li dialogam acerca de um tema em comum: a melacolia e como a melancolia têm esse elo com o belo, com a apreciação da arte… a criatividade. Até mesmo este de Botton, vai dialogar um pouco com o “o lado doce da melancolia” em relação ao apreço pela beleza. O livro é Interessante, apresenta boas pensatas e complementa bem o já comentado aqui “As formas da alegria”.

Surpreendente para mim foi a leitura de “Rembrandt Is in the Wind: Learning to Love Art through the Eyes of Faith” (Em tradução literal: “Rembrandt está ao vento: aprendendo a amar a arte pelos olhos da fé”) de Russ Ramsey. Eu confesso que esperei alguma rigidez no decorrer do livro, no entanto, o que o autor propõe é que tenhamos empatia com os autores de algumas obras, separando a sua vida de sua obra e entendendo que foram suas experiências que moldaram seus olhares para construir obras tão expressivas imbuídas de tantos sentimentos, a exemplo de Caravaggio que apesar de ter tido uma vida turbulenta conseguiu criar e expressar inúmeras passagens bíblicas como ninguém. Eu não sei você, meu leitor, mas eu acho muito difícil separar autor e obra. Ele também comenta o porquê da “europeização” de imagens sacras - como motivo de aceitação do mercado á época.

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