Inspirações para os sentidos #4
Este post deveria estava programado para ser postado no dia 27 de setembro de 2021, no entanto, acabei fazendo aquele post específico sobre rosas (super empolgada), e deixei esse para esta semana. Espero que goste!
Visão
Enquanto escrevia a primeiro coluna #inspire-se, há duas semanas, esbarrei por este artigo acerca do Set Design da série “The Pursuit of Love”, baseada no romance homônimo de Nancy Mitford. Não foi preciso muito para me fazer querer ver a série. Alguém notou aquele Kandinsky alí? É o Composição VII, de 1913, e você pode explorar aqui.Aliás, você sabia que a cadeira Wassily - a.k.a Model B3 (1925), de Marcel Breuer (lê-se Bróier) foi batizada em homenagem ao pintor?
Ah, outra coisa que vale mencionar: o trabalho de Kandinsky era sinestésico. Ele tinha o dom de conseguir trabalhar dois sentidos ao mesmo tempo: audição e visão. O Google Arts and Culture criou então o projeto Play a Kandinsky que permite ouvir as cores na obra do pintor. Explore-o aqui.Audição
Da década de 1920 para os anos dois mil, quando li uma coluna do Antônio Prata para a capricho uma frase me me marcou muito. A coluna era a estive pensando e aborda temas sobre a vida, e essa, especialmente, falava sobre “o quão seria se ao invés de recebermos ligações dos vizinhos reclamando do som, eles viessem nos perguntar sobre o cd que estava tocando ou se juntar a festa”.
Eu adoro ouvir música. Ouço mais música em casa do que podcasts. Acho que o Shazam, além dos apps de redes sociais e comunicação, é o único que eu e meu irmão compartilhamos com meu pai, herdamos dele esse gosto pela música. Os vizinhos não se juntam às festas que fazemos, mas garanto que usam o app para copiar nossas músicas, especialmente da playlist que mais ouço: a “New Amsterdam”, trilha sonora da série da NBC. A série, que retornou há duas semanas, está em sua quarta temporada e aborda os bastidores de um hospital público na cidade de Nova York, sob direção do jovem médico Max Goodwin. Não, ela não é igual nenhuma outra série médica. A trilha sonora da série é super versátil, me acompanha na academia, em casa trabalhando ou em qualquer lugar, na verdade. Havia previsto falar sobre outro tema aqui, mas a trilha do primeiro episódio me ganhou. É um mix de músicas de diferentes gerações [de Frank Sinatra à Beyoncé].Eu ouço esta playlist do Apple Music, mas como sei que o Spotify é mais usado, procurei uma lá para incluir aqui.
Olfato
A Marina, do @ateliermaparfum indicou em seus stories semana passada, o texto “The Science of Smell: How the Most Direct of Our Senses Works“ do Brains Pickings, site que adoro acompanhar. O artigo em questão menciona que o perfume é uma memória líquida. Poderoso, não?“A smell can be overwhelmingly nostalgic because it triggers powerful images and emotions before we have time to edit them… When we give perfume to someone, we give them liquid memory.“
Ele também fala que os cheiros tem categorias básicas, assim como as cores primárias. A autora do livro, que está sintetizado no artigo, elenca essas categorias desta forma, tal como citado no texto “minty (peppermint), floral (roses), ethereal (pears), musky (musk), resinous (camphor), foul (rotten eggs), and acrid (vinegar).” Nossa, como eu amo o cheiro de pêras - não a toa tenho dois perfumes com a nota - adorei vê-la como etérea! Ela também comenta: “We taste only four flavors: sweet, sour, salt, and bitter. That means that everything else we call “flavor” is really “odor.”” Ou seja, o olfato está completamente ligado ao paladar. Se cobrirmos o nariz somos capazes de não sentir o gosto do alimento.
Eu não sei vocês mas eu adoro exercitar meus sentidos. Comprei melão, e adoro o perfume da fruta (também tenho um perfume com nota de melão haha) então na tentativa de comer com atenção plena no momento passei a exercitar os sentidos, primeiro cheirando a fruta de olhos fechados, depois comendo e prestando a atenção no sabor… Tento fazer isto desde que li o livro da Monja Cohen: Aprenda a viver o agora: Conceitos de zen-budismo e atenção plena para praticar em até 10 minutos.
Como eu gosto muito de perfumes, e tenho me dedicado à aprender mais sobre eles, gosto de prestar a atenção nos cheiros dos temperos e das frutas. Têm sido um exercício prazeroso.Paladar
Estamos na época de alcachofra (setembro-novembro), algo que eu amo comer! Até busquei aprender como fazer em casa e encontrei esta receita da Rita Lobo, assim que fizer dividirei, pois ainda não consegui comprar para fazê-las (as que estavam no mercado acabaram em questão de minutos e eu não consegui garantir nenhuma).
Fiz um dip de alcachofra esses dias que matou a vontade enquanto eu espero chegar. A receita era super simple: Misturar 2 colheres de sopa de Cream cheese, com 1 de iogurte grego, e 1 de conserva de alcachofra picadinha. Adicione azeite até chegar na consistência que deseja. Fez o maior sucesso por aqui, apesar de sua simplicidade, o sabor estava incrível!Tato
Photo by Chandra Oh on Unsplash Já que comentei do melão, eu não sei vocês mas eu tenho pavor de cozinhar algumas coisas, o preparo e o contato com alguns alimentos, especialmente peixes e alho/cebola, não é algo que tenho facilidade em lidar especialmente por conta do cheiro. Às vezes até mesmo o simples ato de lavar uma louça ou algo que tenha alguma textura diferente. Sou daquelas que passa água quente em tudo e limpa com desinfetante depois, sabe? Um truque simples que aprendi e que implica minha vida na cozinha é deixar um sabonete de limão na cozinha (uso o de limão siciliano da granado) para fazer a higiene das mãos após limpar algo. Eu achava muito estranho o hábito de ter um sabonete líquido junto ao detergente nos Estados Unidos, o que era comum em muitas casas, mas adquiri o hábito e ele me faz tão bem. Como já mencionei, acho que é impossível desassociar interiores e decoração da cozinha, uma vez que ela é elemento tão importante numa casa.
Até a próxima!