O que consumimos quando consumimos design?

Esta semana tem sido uma semana de muitos acontecimentos e reflexões interessantes. Ontem, foi dia de ser banca de cinco trabalhos finais de graduação e eu amo ter este tipo de experiência pois me faz pesquisar e me faz aprender também. Ontem, por exemplo, aprendi muito quando uma aluna de mais de 50 anos apresentou seu trabalho. Durante as bancas, sempre levo considerações de valor para os alunos. Acho que é preciso tocar neste assunto - a questão da realidade - que poucas vezes é dita na faculdade. Em dois dos trabalhos apresentados ontem, toquei em temas que iam desde o nome do projeto em inglês até um design de interiores que contava com um pendente jabuticaba da Ana Neute num projeto de habitação de interesse social. Pequenos detalhes que dizem muito - é preciso pensar para quem estamos projetando.

Agora, mais difícil do que pensar para quem estamos projetando e pensar em não projetar no outro aquilo que nós valorizamos ou deixamos de valorizar. Por vezes, se colocar no lugar do outro já é uma posição difícil, se colocar no lugar do outro quando pensamos em enxergar o mundo com o seu olhar e seu sistema de crenças, muitas vezes desconhecido por nós, é ainda mais difícil.

Ainda ontem, pela manhã, uma amiga me fez refletir acerca de algo importante: “o que consumimos quando consumimos design” ?