Places #1 - Menos de 100 horas em Chicago
Highlights de uma arquiteta na cidade
Visitei Chicago em 2018, faz tempo. Mas, os passeios que fiz foram “clássicos”, então achei que valia a pena compartilhar em detalhes minha rápida experiência na cidade. Por aqui você não vai encontrar nada de deck de vidro não, mas vai ver indicações que eu considerei como algo que valeu a pena.
Compartilho abaixo as coisas que fiz, as que deixei de fazer e as que com certeza faria de novo! Chicago é uma cidade apaixonante!
Quinta-feira, 6 de Dezembro
Meu vôo chegou em Chicago as 13:50. Por volta das 4h já estava instalada. Eu me hospedei próximo ao National Hellenic Museum, no Greektown, o bairro Grego.
O primeiro lugar que eu fui, foi ao Loop. Quis logo ir ao Federal Building ver Calder e Mies van der Rohe. Na Daley Plaza estava tendo o Christkindlmarke, um mercado de Natal já tradicional na cidade. Devo dizer que Chicago, apesar do frio, é um sonho no Natal! Amigos me desencorajaram, mas eu amei ir à Chicago na época de Natal!
Neste caminho não poderia deixar de conhecer o Sullivan Center, um dos mais famosos edifícios do arquiteto Louis Sullivan que recentemente ficou conhecido no TikTok, como a Goth Target.
Queria muito ter ido conhecer o Art Institute of Chicago, mas não cheguei a tempo. Neste primeiro dia, também fui conhecer o Millenium Park, vi Frank Ghery e tantas outras coisas. Por ali fiquei um tempo observando a vida cotidiana. Tinha um rinque de patinação e a vida estava agitada.
No retorno, flanei pela cidade, observando todos os detalhes. Parei na Chicago Union Station - que é belíssima, e naquele dia sediava um evento do Expresso Polar que é tradicional, o Polar Express Train Ride. Famílias em pijamas iguais, filme passando, uma festa!
Sexta-feira, 7 de Dezembro
Acordei cedinho, tomei café e fui correndo para a Union Station. Às 7:40 peguei o Amtrak com destino à Plano para conhecer a Farnsworth House de Mies Van der Rohe.
Ao chegar em Plano, com ainda muito tempo para a visita na Farnsworth, parei para tomar café no Ivana’s Cafe, na Main Street. É uma delícia de café, tradicional, daqueles que servem panquecas com maple syrup e bottomless coffee! Uma experiência superlocal que eu amei. Quando falo local você pode imaginar bar stools, idosos lendo jornal diário e muitas senhorinhas reunidas. Eu aprecio muito ir à locais que fogem dos holofotes, por isso quis mencionar essa experiência aqui.
Eu tinha comprado ingresso para a visita do meio-dia. Normalmente, a Farnsworth não abre em Dezembro, mas eles tinham aberto uns dias específicos com decoração de natal. Os ingressos variam entre US$5-25 e podem ser adquiridos aqui. Recomendo!
Algun pontos aos quais se atentar ao visitar a Farnsworth: O horário! Se você é fã de fotografia vale prestar a atenção no horário da visita para ver a posição do sol. Lembrando que no Hemisfério norte o sul é o ponto mais iluminado, ao contrário do que acontece aqui no sul, onde o norte é o lado que pega mais sol. No inverno, ao meio-dia era o horário no qual o sol estava mais bonito.
A decoração de Natal não é bonita, mas visitar a obra nessa condição torna possível tirar foto no interior da arquitetura, o que - pelo que eu me lembre - não é comum. Precisa ver se no seu ingresso está incluído este tipo de permissão ou não.

Sem tempo para ir a Chicago? Faça um tour virtual pela Farnsworth aqui!
Ao sair da Farnsworth foi preciso pegar um uber com destino à Aurora, para pegar o trem que levasse de volta à Chicago. Encerrei o dia na Pizzeria UNO na North Bridge, considerada um patrimônio da cidade (sim, ela é um historic landmark), onde foi criada a famosa Deep Dish Pizza, lá na década de 1940.
No retorno para a casa, aproveitei para ver a cidade iluminada para o Natal. E, claro, passei pela famosa Garrett Popcorn Shop - para os Amantes de pipoca é um must go!
Fez tanto frio e ventou tanto aquela noite, que terminei a noite vendo Christmas in Love, um filme de Natal do Hallmark Chanel e comendo pipoca. Sério, uma memória maravilhosa de aconchego na cidade.
Sábado, 8 de Dezembro
Antes de ir, eu havia comprado pelo Chicago Architecture Center (CAC) um tour chamado Highlights by Bus, que me custou US$45. A lista de tours que eles oferecem pode ser vista aqui.
indico a leitura deste artigo do Curbed que conta com um mapa dos edifícios mais icônicos de Chicago.
O Tour começou pela Câmara de comércio e The Rookery Building, depois as primeiras obras de Frank Lloyd Wright, passou por alguns edifícios de Mies van der Rohe, depois incluiu uma visita à Robbie House, também de FLW, ao Illinois Institute of Technology para vermos o Crown Hall de Mies e o MCCormick Tribune Campus Center de Rem Koolhaas. Terminando com uma vista pela Orla para ver alguns edifícios também icônicos o Promontory Apartments Trust, no Hyde Park, também de Mies e o como o Marina City, terminando no edifício do CAC que tem uma exposição permanente sobre a cidade, com maquetes que contam a história de Chicago, seu incêndio e reconstrução.
Naquele dia andei muito. O tour foi ótimo pois me fez economizar tempo, e tempo nessas situações é algo bem precioso. Os deslocamentos eram longos e se fosse fazer por conta própria teria que ser bem seletiva. O CAC é uma instituição respeitada e eu achei bem justo o programa. Atendeu a minha necessidade para aquele momento.
No meio da tarde, após o tour, estava faminta e procurava algo rápido para comer. Acabei indo conhecer o Portillo’s Hot Dog, por indicação de um local. Essa não foi uma viagem chique, pelo contrário, foi uma viagem nível estudante com pressa que quer fazer tudo que pode. O Chicago Style Hot Dog é um dos cachorros quentes mais diferentes que já comi na vida.
Passei o fim da tarde no Píer e vi um por do sol incrível! Peguei o trolley em direção ao imponente Wrigley Building para uma pausa rápida para um chocolate quente na Ghirardelli, ali ao lado. Acho que nunca passei tão frio como passei na windy city - a cidade não recebe este nome à toa, o vento gélido corta. Parei duas vezes para comprar complementos de roupa pois não estava aguentando o frio.
Terminei o dia assistindo a ópera Cedrillon (Cinderela) no Civic Opera House. O ingresso custou algo em torno de US$65 na época. Na minha opnião, assistir do mezanino é o melhor lugar para apreciar a arquitetura deste edifício em especial. Eu não perderia a oportunidade de assistir uma outra ópera lá.
Nunca vou esquecer da Avgolemono (tipo uma canja grega) que comi num restaurante em Greektown naquela noite.
Domingo, 9 de Dezembro
Fim das aventuras em Chicago! As 4:50 da manhã estava indo em direção ao aeroporto para regressar à Boston no vôo das 7:50!
Nem só de arquitetura se faz Chicago. Apesar de muitas comédias românticas e romances terem Nova York como pano de fundo, existem inúmeros filmes que se passam em Chicago. Se você ficou com vontade de ver um pouquinho mais da cidade, veja abaixo a lista que fiz (bem levinhos, nada pesados):
What women want, de Nancy Meyers
Disponível no Prime VideoWhen Harry met Sally, de Nora Ephron
Disponível no Prime Video
Um clássico das comédias românticas, eles se encontram em Chicago para ir até Nova York de carro.Sleepless in Seatle, de Nora Ephron
Disponível no HBO MAX
Sam, como bom arquiteto, morava em Chicago antes de se mudar para Seattle.A casa do lago
Disponível no HBO MAX
Também outro filme com arquitetos, alguns edifícios históricos de Chicago foram usados como set de filmagem.O casamento do meu melhor amigo
Disponível no HBO MAX
Tem cena mais bonita do que a de Julianne and Michael dançando no barco ao som de The Way You Look Tonight? Acho que não.Enquanto você dormia
Disponível no Disney+Casamento Grego
Disponível no NetflixPara Sempre
Disponível no Prime Video
Impossível esquecer a cena do casamento no Art institute e depois a corrida até Millenium ParkA mulher do viajante do tempo
Disponível no HBO MAX
A série é mais fiel ao livro do que o filme. As externas filmadas ao longo de Chicago chamam a atenção.