Hoje é dia 15 de janeiro, já estamos na metade do primeiro mês e eu não sei vocês mas eu não consegui fechar nenhuma fileirinha no meu “habit tracker” ainda, nem a de água, pois teve um dia que tomei menos água do que esperava pois fez um frio danado aqui. Pois é, frio em janeiro, quem diria?! Uma conhecida comentou algo que me fez rir esses dias, ela disse que o ano só começa em fevereiro pois janeiro são os 30 dias de teste para ver se gostamos.
Em 2023, eu compartilhei aqui a minha vontade de voltar a ler romances e este post em especial resultou em uma troca muito interessante por aqui. Eu acho importante compartilhar posts mais pessoais pois sei como isso influencia no nossa olhar e na forma como apreendemos o mundo - e vocês, provavelmente estão cansados de ler isso. Neste ano, como compartilhei no post “Inspirações de Dezembro” , tenho apenas 3 metas para o ano de 2025 que vão exigir e muito que eu tenha novos hábitos de vida. São elas:
Cuidar mais da minha saúde física e mental (desacelerar)
Estar mais atenta à minha imagem pessoal/profissional
Tentar não criar expectativas.
A última é a mais desafiadora, eu sei, e a que mais me impacta também, mas desde que comecei a encarar o mundo assim, eu sofri menos e deixei a vida me surpreender e fui surpreendida positivamente com as coisas que aconteceram, parece que tudo fica mais leve quando sabemos que não podemos esperar do outro algo que ele nunca ofereceu.

A segunda, é interessante pois eu caí no conforto ano passado. Acho que usei muito jeans e camiseta. Deixei o cabelo crescer, o que me dá muito menos trabalho, mas também altera a minha percepção já que o cabelo comprido passa uma imagem muito diferente da qual eu estava acostumada - tanto é que ouvi inúmeros comentários do tipo “seu cabelo está enorme” sendo que ele estava um pouco abaixo do ombro.. Também tive oscilação de peso, o que fez com que eu perdesse algumas roupas, comprasse outras… mas a sensação que eu tenho é que as vezes, diante da correria da vida, eu saio sem olhar com atenção no espelho - sem passar um corretivo ou arrumar o cabelo -, pois já aconteceu de sair de casa sem estar atenta e encontrar alguém na rua que eu não deveria ter encontrado naquele estado - acho que todos nós já passamos por isto em algum momento, não? A minha ficha caiu quando uma amiga elogiou uma roupa que eu usei em São Paulo, e eu disse: mas eu me visto sempre assim. Acontece que era uma amiga recente, e nossa interação se dava em momentos específicos nos quais eu escolhia quase que inconscientemente estar mais confortável (de jeans, camiseta ou tênis sem maquiagem ou com o cabelo molhado) ou como percebi - eu parecia não me atentar a como eu estava naqueles momentos, já que por serem ao final do dia eu estava mais cansada a ponto de “não ligar”. Enfim, percebi que deslizei em alguns momentos e gostaria de estar ainda mais atenta para não cair na armadilha de sair “de qualquer jeito” de casa.
A primeira é a mais desafiadora por alguns motivos: eu as vezes tenho dificuldade de fazer terapia, mesmo fazendo há anos e sabendo como o resultado das sessões é edificante e traz benefícios para min. Mas ainda é muito desconfortável me expor e me responsabilizar pelas coisas me acontecem porquê eu permito, não é mesmo? Se terapia fosse prazeroso - no sentido “só alegria”, todo mundo faria. Além disso, eu preciso retomar o hábito de fazer atividade física.. por muito tempo eu tive, e eu amava o efeito, eu sei dos benefícios, mas nossa… o retomar, o retomar é difícil.
Há alguns anos, eu vi uma aula da Thaís Godinho, do Vida Organizada, na qual ela comentou que a gente deveria fazer uma roda da vida e entender qual seria o nosso foco do ano. E a partir daquela decisão, deveríamos nos guiar por ela. Ex: se você escolhe focar em trabalho, sua leitura e esforços tem que voltar para o trabalho.
Eu, sinceramente, não consigo me limitar neste sentido. O que eu posso fazer é entender que motivada pela minha escolha vou direcionar o meu olhar para uma ou outra área, mas não vou priorizá-la excessivamente ou me desfazer das outras - se não, não seria nem autêntico… você, meu leitor que me acompanha há mais tempo, já sabe qual o meu nível de leitura… em um dia estou lendo uma biografia de ícone fashion, no outro livro teórico e ainda consigo ler algo bem distinto para ajudar. Acho que precisamos de “alívio” entre leituras assim como precisamos de diversidade.
A frase de Godinho fez sentido para que eu desse o pontapé nas resoluções que fiz. Baseado na resolução que inclui atividade física, vou me apoiar em livros como o da Dra Julie e Hábitos atômicos, o qual eu sempre retomo, para entender a motivação e a retomada do hábito da atividade física. Aliás, vou retomar meu antigo companheiro o app Watch também, que está guardado na gaveta há algum tempo. Na última black friday, acabei fazendo a assinatura de um app que me chamou a atenção e que eu adorei fazer algumas aulas, o Down Dog. Acredito que o fato de ainda não ter uma rotina - por estar longe de casa desde o começo do ano, também não corroborou com esta meta, é claro. Quem quer fazer dieta quando a avó fica mandando doce ou a tia manda bala de coco, não é mesmo?! Meu ponto fraco é bala de coco, acho que estou voltando pra casa mais cheinha depois desta temporada tão cheia de comida afetiva.
Para o cuidado com a imagem pessoal, escolhi Psicologia Fashion de Lara Almeida. Nele, a psicologa especializada em imagem aborda a motivação que temos por trás do vestir além de contar a origem do vestir e os momentos pelos quais ele passou. Achei bem interessante o que li até agora. Ela também aborda as diferenças históricas do vestir masculino e feminino, a questão da moda como uma construção identitária que aliás é uma tendência - queremos ser cada vez “mais únicos” no nosso modo de vestir. Além deste, fiquei curiosa por ler também Mulher, roupa, trabalho - da minha vizinha de substack
.Já para não criar expectativas, é um exercício diário do viver. Vou retomar notas que fiz no em A liberdade é uma escolha já que a minha terapeuta foi impecável em suas colocações.
Quanto à newsletter, já organizei vários posts do ano e uma estrutura que eu acho que pode agradar a muitos. O próximo post vou falar sobre o livro Psicologia Fashion - para enriquecer nosso olhar neste tema e dividir com você o meu achado e depois temos ainda um Nosso olhar: Home Work Style (será que eu devo mudar para Cada, trabalho e estilo?) sobre “Gallery Girls” - um termo interessante usado para designar uma certa estética usada por um determinado grupo de mulheres que me encantou! Vai ser a primeira vez que falo sobre um grupo e não apenas foco em uma única pessoa - pois embora o estilo de vida seja único - e segundo meu pai compartilhou comigo acerca de uma leitura que fez, o estilo de vida é determinado logo cedo na infância - nós pertencemos à determinados grupos cuja visualidade se assemelha (embora não seja igual). Além disso, já aponto o tradicional Inspirações de Janeiro que vai falar sobre o habitar literário baseado nas leituras que fiz neste mês.
Com esta edição sinto que realmente começamos o ano! Vai ser maravilhoso compartilhar mais um ano com você.
Até breve! E que o nosso olhar encontre beleza por onde passar até lá.
um texto simpático e agradável de se ler
Gosto muito dos seus textos, me envolvem e impulsionam.